“Eu peço que esta obra seja lida com indulgência e que os erros inevitáveis em matéria tão difícil sejam menos assunto de recriminação do que oportunidade para novas tentativas e pesquisas mais felizes.” Isaac Newton (1642-1727)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Entre o real, o teórico e o científico...


“... como não somos gênios, precisamos de parâmetros  para caminharmos  no conhecimento.  Porém, ainda que simples mortais, a marca de criatividade  é nossa “griffe” em qualquer trabalho de investigação.” (Minayo, 1994, p. 17)
Conhecer o mundo real é preocupação que acompanha o homem desde que ele descobriu o pensamento e percebeu que este tinha influencia sobre o mundo. A ciência é a representante legal perante a sociedade dessa busca do homem em compreender aquilo que é real. A  ciência responde por essa,pois ela é capaz de gerir repostas de ordem técnica utilizando também uma linguagem técnica baseada em métodos replicáveis. Porém, a ciência também possue conflitos os quais envolvem a discussão entre as ciências naturais e sociais. O questionamento sobre a legitimidade das ciências sociais enquanto algo verdadeiramente cientifico e a relutância das ciências naturais em querer que as ciências sociais sigam métodos idênticos provocam enfrentamentos entre as mesmas.  Sabe-se que embora precisemos de métodos científicos para comprovar nossas teorias sobre o mundo, o conhecimento ou podemos dizer a cientificidade até, não requer de uma só maneira para existir, pois isto depende, por exemplo, até mesmo do conceito daquilo que é ou não real. Mas se focalizarmos nos questionamentos a respeito das ciências sociais veremos que é realmente difícil conceber a mistura entre pesquisador e objeto de estudo. ( é como um homem tentar colocar outro homem em seu microscópio gigante e tentar perceber ali coisas que envolvem todo o resto do mundo).  Contudo, seguir a objetivação das ciências naturais sem descaracterizar o objeto e a forma de compreensão desse objeto não parece ser viável. De certa forma, parece que a grande discussão gira mais em torno do método gerador da ciência do que da ciência em si, mas método também é ciência, mesmo que a ciência não seja apenas o método. O importante é lembrar que a ciência que é construída em um determinado tempo e espaço e depende de um meio cultural. Este meio limita até mesmo avanços das ciências naturais, pois se assim não o fosse podemos imaginar que Einstein teria feito descobertas muito maiores e melhores, mas o tempo e o espaço limitam ate mesmo o mais genial dos cientistas. ( hoje muitas coisas parecem simples porque caras como ele existiram antes de nós. Os grandes cientistas que me perdoem, mas lembrar que estamos sempre sobre ombros de gigantes é fundamental).
Mesmo que as ciências sociais façam de forma falha a aproximação daquilo que seja o homem, não se pode negar que ela supera em análise qualitativa as suas faltas.
Ao que diz respeito à metodologia compreende-se a mesma como um caminho a ser percorrido para a compreensão do objeto de pesquisa pelo pesquisador.  A teoria serve de “mapa” para esse caminho. É impossível encontrar um verdadeiro tesouro sem um mapa real, bem desenhado e esclarecedor. Sem o uso desse mapa é impossível saber quantos passos e em que direção se deve andar.
Para concluir gostaria de ilustrar com algo que me pareceu bastante didático sobre o ciclo da pesquisa. Essa ilustração pertence ao site pos-graduando.
Fonte:posgraduando.com
Segundo Minayo, a pesquisa é um labor artesanal em que o primeiro passo é uma pergunta e o rascunho de algo que pode gerar questionamentos de forma mais organizada, em seguida a fase exploratória da pesquisa o investigador sai a campo e depois de recolher e analisar seu material ele faz afirmações sobre o que encontrou o que inevitavelmente o fará se questionar sobre isso de forma mais aprofundada e com um pouco mais de experiência.
Referencias:
Minayo, M.C.S. (1994) Pesquisa Social. Teoria,
      método e criatividade. (capítulo 1, pp. 9-29).  
      Petrópolis:Vozes.

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